Whitesnake agita o Anhembi, em São Paulo
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O Festival de Heavy Metal que reuniu as bandas Angra, Whitesnake e Judas Priest levou 30 mil pessoas a Arena Skol Rock, no Anhembi, em São Paulo.
Uma grande multidão que antes mesmo de poder ver de perto dois grandes nomes do rock pesado inglês precisou enfrentar um verdadeiro “inferno” urbano, ingressos caríssimos, trânsito caótico, estacionamentos lotados e caros, figuras ameaçadoras posando de “flanelinhas”, enfim, tudo o que São Paulo pode oferecer de pior.
Ok, o som não estava tão ruim, mas a localização da Arena é mais do que motivo para repensar a realização de eventos grandes por lá, afinal, diversão fica muito melhor sem sofrimento.
Mas o assunto por aqui é música e bastaram apenas alguns acordes de “Burn” para que tudo de ruim ficasse para trás, a música que o Whitesnake escolheu para abrir a noite saiu direta do repertório do Deep Purple, banda do vocalista David Coverdale nos já longínquos anos 70.
Voltando a cena musical com força renovada, o Whitesnake é um dos poucos grupos de hard rock dos anos 80 que não só conseguiu sobreviver às duas últimas décadas, tão avessas ao estilo, como ainda transformou sua música em cult.
Com sua imagem fortemente ligada a David Coverdale, seu vocalista, principal compositor e band-leader, o Whitesnake ao vivo, hoje em dia, oferece ao público em suas apresentações uma coletânea de sucessos que fizeram parte da trilha-sonora da década de 80.
Músicas como “Love Ain’t no Stranger”, “Slow and Easy”, “Gimme All Your Love” e “Is This Love?”, fizeram a alegria de um público que colocava lado-a-lado grisalhos senhores e adolescentes com idade suficiente para serem seus netos.
Nas entrevistas que antecederam sua passagem pelo Brasil, David Coverdale mostrava-se eufórico não só com a nova passagem pela América do Sul, como também com o momento musical atual da banda e as apresentações ao vivo revelaram a razão de seu contentamento.
A nova “encarnação” do Whitesnake é surpreendentemente boa. Considerando que se trata de uma banda que já abrigou em seus quadros figuras emblemáticas como Steve Vai, Jon Lord, John Sykes, Cozy Powell; a nova formação deixa para trás as guerras de egos e aposta no trabalho em equipe como base para uma sonoridade sólida; Doug Aldrich (guitarra), Tommy Aldridge (bateria), Reb Beach (guitarra), Uriah Duffy (baixo) e Thimothy Drury (teclados) estenderam na pista “uma massa sonora” segura e bem equilibrada oferecendo espaço para os vocais de David Coverdale passearem com tranqüilidade.
E que vocais! Aos 53 anos, o veterano rock star parece estar mais em forma do que nunca, desfilando antigos sucessos com a segurança de quem está completamente confortável no palco, ele é uma prova viva de que o rock n’roll não é privilégio dos jovens.

A nova “encarnação” do Whitesnake é surpreendentemente boa. Considerando que se trata de uma banda que já abrigou em seus quadros figuras emblemáticas como Steve Vai, Jon Lord, John Sykes, Cozy Powell; a nova formação deixa para trás as guerras de egos e aposta no trabalho em equipe como base para uma sonoridade sólida; Doug Aldrich (guitarra), Tommy Aldridge (bateria), Reb Beach (guitarra), Uriah Duffy (baixo) e Thimothy Drury (teclados) estenderam na pista “uma massa sonora” segura e bem equilibrada oferecendo espaço para os vocais de David Coverdale passearem com tranqüilidade.
E que vocais! Aos 53 anos, o veterano rock star parece estar mais em forma do que nunca, desfilando antigos sucessos com a segurança de quem está completamente confortável no palco, ele é uma prova viva de que o rock n’roll não é privilégio dos jovens.
Adriana Maraviglia
@revistaeletricidade
Set-list Whitesnake Arena Skol Rock SP (09/09/2005)
– Burn/Stormbringer
– Bad Boys
– Love Ain’t no Stranger
– Slow and Easy
– Gimme All Your Love
– Snake Dance
– Crying in the Rain
– Is This Love?
– Here I Go Again
– Still Of The Night