“Nonnas”: Um Tributo Afetivo às Mammas Italianas no Dia das Mães
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Na semana em que se celebra o Dia das Mães, a Netflix presenteia o público com “Nonnas”, um filme do diretor Stephen Chbosky (As Vantagens de Ser Invisível) que vai muito além de uma simples comédia sobre comida. Baseado em uma história real, o longa mergulha no universo caloroso das famílias italianas, resgatando memórias afetivas que ecoam especialmente forte nesta data.
A trama acompanha Joe Scaravella (Vince Vaughn), um homem que, após perder a mãe e a avó, tenta curar sua dor abrindo um restaurante italiano em Nova York. Mas não é qualquer restaurante: sua grande sacada é contratar nonnas (avós italianas) como chefs, transformando o local em um templo de tradição, amor e, claro, macarrão al dente.
As maravilhosas atrizes que se apresentam para trabalhar no restaurante Lorraine Bracco (Roberta), Susan Sarandon (Gia), Talia Shire (Teresa) e Brenda Vaccaro (Antonella) adicionam bem mais do que molho à receita. Elas nos fazem desejar por mais tempo de tela para cada uma.
As cenas que envolvem a preparação dos pratos são verdadeiro food porn – cada massa fresca, cada molho que gruda no garfo, cada olhar de satisfação das nonnas ao verem seus pratos sendo devorados é uma celebração da culinária como extensão do amor. Não é à toa que, após assistir, o espectador sai com uma urgência irresistível de correr para a cozinha ou procurar um bom restaurante italiano no iFood.
Para quem cresceu vendo esse “show ao vivo” quase todo final de semana, assistir “Nonnas” é como estar novamente naquelas festas maravilhosas de cada domingo. Não importa se você está no Brasil, nos EUA ou na Itália: as mammas e nonnas são universalmente iguais. Elas alimentam não só o estômago, mas a alma – com seus conselhos, suas reclamações carinhosas e aquela insistência em servir “só mais um prato”.
Além da direção sensível de Chbosky e do carisma de Vince Vaughn, “Nonnas” ressoa profundamente porque fala de luto, mas também de legado. Mostra como a comida pode ser uma ponte entre gerações, mantendo viva a presença de quem já se foi. E, no Dia das Mães, essa mensagem ganha um peso ainda maior – é impossível não pensar nas próprias mammas, nas receitas que elas nos ensinaram e naquele “molho com bracciola” da sua infância, impossível de replicar, mesmo com a receita em mãos.
“Nonnas” é mais que um filme sobre comida: é uma carta de amor às matriarcas que moldam nossas vidas. Uma obra que, com humor e coração, nos lembra que, enquanto houver macarrão no prato e histórias para contar, as nonnas nunca estarão realmente ausentes. E, neste Dia das Mães, não há homenagem mais bonita do que essa.
Adriana Maraviglia
@revistaeletricidade