Além do Livro: Adaptação de “O Instituto” abre caminho para uma promissora 2ª temporada

A série “O Instituto”, baseada no romance homônimo de Stephen King, concluiu sua primeira temporada neste domingo, 24/08, deixando um legado misto de expectativas atendidas e algumas poucas frustrações. Desenvolvida por Benjamin Cavell e dirigida por Jack Bender, a produção estreou no streaming MGM+, dentro da plataforma Prime Vídeo, em julho de 2025 com episódios semanais, e já foi renovada para uma segunda temporada.
A premissa central – crianças com habilidades especiais sequestradas e submetidas a experimentos cruéis em uma instalação misteriosa – é clássica King, ecoando obras como “Carrie” e “Firestarter”. O protagonista, Luke Ellis (Joe Freeman), um adolescente com altas habilidades e poderes telecinéticos, é raptado e levado para o Instituto, onde conhece outros jovens como Kalisha (Simone Miller) e Nick (Fionn Laird). Paralelamente, acompanhamos a trajetória de Tim Jamieson (Ben Barnes), um ex-policial que, ao se estabelecer em uma pequena cidade do Maine, começa a desvendar os segredos sombrios por trás da instalação.
A adaptação é tecnicamente competente, com atuações sólidas, especialmente de Ben Barnes e Mary-Louise Parker como a manipuladora diretora Sigsby. Alguns fãs do livro se queixaram um pouco da adaptação da história para a série por conta de uma certa diluição do horror visceral característico de King, resultando em um tom mais próximo do drama sci-fi do que do terror psicológico. A narrativa, embora intrigante, sofre com o ritmo irregular – arrastada em alguns momentos menos importantes e apressada em clímax cruciais – e com diálogos ocasionalmente artificiais.
Visualmente, a produção opta por uma estética deliberamente sombria e claustrofóbica, refletindo a opressão vivida pelas crianças. Contudo, alguns espectadores consideraram a fotografia excessivamente plana, sem o dinamismo esperado em uma série de suspense . A exploração de temas como a exploração infantil e a ética científica é pertinente, mas a complexidade moral da obra original perde nuance na transição para a tela, reduzindo a profundidade dos antagonistas.
Ainda assim, o final da temporada oferece um desfecho catártico e abre caminho para uma continuação promissora, com a introdução de novos elementos e a expansão do universo para além do Instituto local. Stephen King expressou entusiasmo com a renovação, afirmando que “novos perigos aguardam os fugitivos”.
Em resumo, “O Instituto” é uma adaptação bem-sucedida que brilha ao seguir seu próprio caminho, independente da obra original. Seus pontos positivos superam as deficiências, e o conjunto é tão cativante que deixa o público ansioso pela próxima temporada, que ainda não tem data de estreia definida.
Adriana Maraviglia
@revistaeletricidade
Assista ao trailer de “O Instituto”:
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