O adeus de Diane Keaton: do Oscar por Annie Hall ao estilo que marcou gerações

Diane Keaton, a icônica atriz de Hollywood conhecida por filmes como “O Poderoso Chefão” e vencedora do Oscar por “Annie Hall” (“Noivo Neurótico, Noiva Nervosa”), morreu neste sábado, 11 de outubro de 2025, na Califórnia. Ela tinha 79 anos. A notícia foi confirmada pela revista People por meio de um representante da família, que não divulgou a causa da morte.

Nascida Diane Hall, em 5 de janeiro de 1946, em Los Angeles, ela adotou o sobrenome de solteira de sua mãe, Keaton, ao ingressar no Actors’ Equity Association, pois já existia uma atriz registrada com o nome Diane Hall. Por mais de cinco décadas, Diane se consagrou como uma das artistas mais versáteis e respeitadas da indústria cinematográfica.

Sua carreira foi marcada por colaborações históricas e personagens inesquecíveis. Sua filmografia é um testemunho de sua versatilidade, transitando com maestria entre a comédia e o drama.

  • Estreia e Ascensão: Começou sua carreira no teatro, incluindo uma participação no musical “Hair” na Broadway em 1968 . Seu primeiro papel no cinema foi em “As Mil Faces do Amor” (1970) , mas o grande destaque veio em 1972, quando foi escalada como Kay Adams, a namorada e depois esposa de Michael Corleone (Al Pacino), no clássico “O Poderoso Chefão”. Ela reprisou o papel nas sequências de 1974 e 1990.
  • Colaboração com Woody Allen: Paralelamente ao sucesso em “O Poderoso Chefão”, Keaton iniciou uma longa e frutífera parceria profissional e pessoal com o cineasta Woody Allen. Os dois se conheceram na peça “Play It Again, Sam”, em 1969, e mantiveram um relacionamento no início dos anos 1970. Essa colaboração rendeu oito filmes, incluindo “Sonhos de um Sedutor” (1972), “Dorminhoco” (1973) e “Love and Death” (1975) .
  • O Ápice: Annie Hall: Em 1977, veio seu papel mais emblemático. Woody Allen escreveu para ela “Annie Hall” (lançado no Brasil como “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa”) . A atriz interpretou a protagonista título, Annie Hall, uma personagem que se acredita ser livremente baseada nela própria – “Annie” era seu apelido e “Hall” seu sobrenome de nascença . Pela atuação, Keaton conquistou o Oscar de Melhor Atriz em 1978 . O filme também a consagrou como um ícone de estilo, com seu visual eclético que incluía coletes, gravatas e chapéus masculinos .

Para além de sua parceria com Allen, Diane Keaton construiu uma carreira sólida e diversificada, com atuações aclamadas pela crítica em diferentes gêneros.

  • Outros Marcos na Carreira: Recebeu mais três indicações ao Oscar de Melhor Atriz por suas atuações em “Reds” (1981) , “Alguém Tem que Ceder” (2003) e “As Filhas de Marvin” (1996). Seu talento para a comédia também brilhou em sucessos como “O Clube das Divorciadas” (1996), a franquia “O Pai da Noiva” (1991) e “Do Jeito que Elas Querem” (2018). Seu último trabalho lançado foi “Acampamento com as Amigas” (2024) .
  • Vida Fora das Câmeras: Keaton também se aventurou na direção, tendo dirigido filmes, episódios de séries de TV e o videoclipe “Heaven is a Place on Earth”, de Belinda Carlisle. Era uma escritora e fotógrafa publicada, com vários livros de memórias e coleções de fotografia . Ela nunca se casou e adotou dois filhos, Dexter e Duke, que a sobrevivem.

Diane Keaton deixa um legado que transcende suas personagens. Ela foi uma artista completa, cujo trabalho inteligente, estilo único e personalidade forte inspiraram gerações e marcaram para sempre a história do cinema.

Comente: