Borbulhas de Amor – Champanhe e romance
“Borbulhas de Amor” é uma comédia romântica natalina leve e encantadora, dirigida por Mark Steven Johnson, que atualmente ocupa o primeiro lugar entre os filmes mais vistos da Netflix.
O longa apresenta Sydney Price, uma executiva americana vivida por Minka Kelly, que viaja a Paris para negociar a compra de uma tradicional vinícola francesa de champanhe. O que deveria ser apenas uma transação corporativa se transforma em uma jornada inesperada quando ela conhece Henri, interpretado por Tom Wozniczka, herdeiro da marca e figura central na trama. A partir desse encontro, o filme se desenrola em torno do clássico dilema entre negócios e sentimentos, explorando o embate entre interesses profissionais e a descoberta de afetos genuínos.
Mark Steven Johnson, conhecido por trabalhos como Amor em Verona e Motoqueiro Fantasma, aposta aqui em uma narrativa que privilegia o clima natalino e o charme europeu. Paris e o interior da França são filmados com delicadeza, transformando cada cena em um cartão-postal vivo. As ruas iluminadas, os cafés aconchegantes e os vinhedos cobertos pela atmosfera festiva do fim de ano criam um pano de fundo irresistível, que funciona quase como um personagem adicional da história. É nesse cenário que o público é convidado a se perder em uma trama que, embora previsível em sua estrutura, conquista pela simpatia e pelo frescor.
O filme se destaca por equilibrar o humor leve com momentos de ternura, sem recorrer a exageros. A química entre os protagonistas é palpável, e mesmo quando o roteiro se apoia em fórmulas já conhecidas — como a transição de “rivais a amantes” — há uma sinceridade que torna a experiência agradável. O espectador não é desafiado por grandes reviravoltas, mas sim convidado a relaxar e se deixar levar por uma narrativa que celebra encontros improváveis e a magia do Natal.
“Borbulhas de Amor” não pretende reinventar o gênero, mas oferece exatamente aquilo que promete: uma comédia romântica simpática, com ritmo envolvente e cenários deslumbrantes. É o tipo de filme que aquece o coração em tempos de festas, funcionando como uma taça de champanhe bem servida — leve, efervescente e com um sabor que permanece na memória. Ao final, o público sai com a sensação de ter feito uma viagem breve e prazerosa pela França, embalado por uma história que, mesmo simples, cumpre seu papel de encantar.
Adriana Maraviglia
@revistaeletricidade
