A tecnologia usada como arma em “Invasão de Privacidade”
|Embora o título do filme em inglês seja simplesmente I.T. (Tecnologia da Informação), o nome em português traz imediatamente à nossa memória um filme do início da década de 90, estrelado por Sharon Stone, em que os habitantes de um prédio são vigiados constantemente por câmeras ocultas.
Atualizando o assunto vigilância, neste “Invasão de Privacidade” que acabou de chegar aos cinemas, temos um novo suspense onde a tecnologia que cerca o nosso dia-a-dia é usada como arma e, mais uma vez, o cinema quer mostrar o quanto ela pode ser ameaçadora e nos fragiliza, se estiver em mãos mal intencionadas.
Mike Regan (Pierce Brosnan) é dono de uma empresa que aluga jatinhos, buscando quem financie seu plano mais ambicioso, um sistema de utilização para jatinhos similar ao Uber e, durante uma apresentação importante para possíveis investidores, uma falha na apresentação o faz recorrer a Ed Porter (James Frecheville), um estagiário de TI, de sua empresa, que resolve o problema com facilidade.
Com problemas na internet de sua casa moderna e toda conectada, Mike decide chamar Ed para ajudar, sem ter a mínima ideia do risco que estava trazendo para sua vida, porque o rapaz, que se encanta com Kaitlyn (Stefanie Scott), a filha do empresário de 17 anos, passa a usar toda a tecnologia primeiro para perseguir a garota, e, depois, para vingar-se de toda a família.
O diretor John Moore tem bastante experiência em filmes de ação e desta vez fez um thriller mediano, sem grandes surpresas, mas ainda contando com o charme de Pierce Brosnan, um ex-James Bond que, ainda tem seu encanto, além de um forte sotaque irlandês, na versão legendada do filme.
Mas a previsibilidade do roteiro, que não reserva momentos de grandes surpresas ou um maior brilho para a história, transforma “Invasão de Privacidade” em um passatempo morno, sem maiores atrativos.
Adriana Maraviglia
@drikared
Assista ao trailer de “Invasão de Privacidade”: