Sam Raimi brilha em segundo Doutor Estranho
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Chegando hoje aos cinema brasileiros “Dr Estranho No Multiverso da Loucura” é o segundo filme da franquia do personagem da Marvel e marca o retorno do diretor Sam Raimi ao mundo dos quadrinhos.
Antes de mais nada é preciso que eu diga que se você ainda não foi ver o filme, pode continuar lendo esta crítica porque por aqui não vamos divulgar nada que comprometa a sua experiência no cinema.
O Dr Stephen Strange (Benedict Cumberbatch) precisa atravessar multiversos para enfrentar um novo e perigoso inimigo.
E se a história que está sendo contada segue sempre aquela narrativa caótica dos filmes de super heróis em que você precisa aceitar um montão de premissas absolutamente malucas para ver aonde aquilo tudo irá levar, pelo menos o diretor Sam Raimi faz tudo com muito estilo.
Aliás, como já havia feito na excelente Trilogia do “Homem-Aranha”, no início da década de 2000, com Tobey Maguire como Peter Parker, Sam Raimi parece muito a vontade tomando a frente de mais uma superprodução do Universo Marvel.
Raimi não esconde nenhum de seus maneirismos, da câmera nervosa que coloca o espectador dentro de cenas de ação vertiginosas à divertidas referências à sua própria obra-prima, o icônico “A Morte do Demônio” (1981) aparece em cenas que vão fazer velhos cinéfilos gritar por dentro nas salas de cinema, além de aproximar o filme de dar aquele belo aceno ao terror.
Mas o filme não procura agradar apenas aos cinéfilos, uma dose generosa do que poderia ser interpretado como mero fan service invade a tela provocando gritinhos na plateia, enquanto permite ao roteiro dar pistas sobre os novos rumos daquilo que a Marvel planeja para seu universo sempre em expansão.
O roteiro de Michael Waldron tem material até para aquelas pessoas que curtem analisar o lado psicológico das obras cinematográficas, com o luto e a sensação de perda por trás de todo o arco dramático da ação, mostrando que mesmo com superpoderes para criar e destruir universos inteiros, os heróis e vilões da Marvel ainda são muito humanos.
Não tem como deixar de falar da novata Xochitl Gomez, a garota latina America Chavez que chega chegando em um elenco onde Benedict Cumberbatch e Elizabeth Olsen (Wanda Maximoff) brilham no meio do caos do roteiro.
Ah! E não ouse levantar antes do final dos créditos. O filme tem duas cenas preciosas de pós créditos que você não vai querer perder.
Adriana Maraviglia
Assista ao trailer de “Dr Estranho No Multiverso da Loucura”: