Em “Better Man”, a cinebio de Robbie Williams, ousadia e humanidade de um astro da música
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Chegando aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (13/03), “Better Man – A História de Robbie Williams” se destaca como uma das cinebiografias mais impactantes e audaciosas dos últimos tempos a surgir após o impulso que o gênero recebeu com o sucesso de “Bohemian Rhapsody”(2019).
Dirigido por Michael Gracey, conhecido pelo visualmente impactante “O Rei do Show”(2017), o filme surpreende ao substituir digitalmente a imagem do protagonista, interpretado por Jonno Davies e dublado pelo próprio Williams, por um chimpanzé — uma metáfora visual ousada proposta pelo diretor e imediatamente aceita pelo artista que disse que se identificava com o animal, especialmente depois de fazer sucesso.
O roteiro, desenvolvido por Gracey com Simon Gleeson e Oliver Cole, mergulha fundo na vida de Williams, desde a infância até o auge da fama, abordando temas difíceis como o abandono paterno, com o ator Steve Pemberton dando show de atuação, a guerra por espaço dentro da boy band Take That, o vício em drogas, seus relacionamentos conturbados e até a famosa rivalidade com o Oasis, que arrancou gargalhadas da plateia na sessão para a imprensa.
Apesar de abusar da liberdade criativa com efeitos visuais e uma fotografia deslumbrante, o filme não perde de vista o cerne da história: a de expor a humanidade por trás do ícone.
Por mais impressionantes que sejam os truques dos efeitos especiais que renderam ao filme uma indicação ao Oscar, o que realmente emociona em “Better Man” é a forma crua e autêntica como retrata a jornada de Robbie Williams. Ele está inteiro no filme, não apenas como um astro da música, mas um homem que enfrentou seus demônios, celebrou suas vitórias e, acima de tudo, mostrou que, por trás de toda a fama e glória, existe uma história profundamente humana.
Adriana Maraviglia
@revistaeletricidade
Assista ao trailer de “Better Man – A História de Robbie Williams”: